quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Saudade

Trancar o dedo numa porta dói.

Bater com o queixo no chão dói.

Torcer o tornozelo dói.

Uma bofetada, um soco, um pontapé, doem.

Dói bater com a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua.

Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de um irmão que mora longe.

Saudade de um filho que estuda fora.

Saudade dos filhos que estão ausentes.

Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.

Saudade da avó que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.

Saudade de uma cidade.

Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.

Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.

Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.

Saudade da presença, e até da ausência consentida.

Saudade é basicamente não saber.

Saudade é não saber mesmo!

Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;

Não saber como encontrar tarefas que parem o pensamento;

Não saber como parar as lágrimas diante de uma música;

Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.



(Dedicado aos meus 3 príncipes - Marcos/Migue e Jake)

(Amar até ao Infinito)






1 comentário:

JOSÉ disse...

sinto muitas saudades deles...
Faço das tuas as minhas palavras.....